CALÇANDO O SAPATO DO OUTRO
CALÇANDO O SAPATO DO OUTRO
CALçANDO O SAPATO DO OUTRO
Calçar o sapato do outro é ter cumplicidade
Bem amados; a proposta deste estudo é dar ao casal uma forma de vida mais comprometida com a dor do outro, com o seu sofrimento, com as suas dificuldades, com as suas vitórias, suas conquistas, uma vida onde o outro seja tão importante quanto eu mesmo, sem a famosa competição. Vivendo um relacionamento com bastante saúde emocional, desenvolvendo assim uma capacidade maior entre o casal.
Quando pensamos nos calos dos nossos pés, pensamos naquilo que dói em nós, que incomoda, que nos atrapalha a caminhar. No nosso casamento não é diferente, pois as situações que nos incomoda, podem ser consideradas como “calos”.
Há algo mais irritante que sair com um sapato novo e ter que voltar com ele nas mãos ao invés de estar nos pés?
Mas o que isto tem haver com os nossos casamentos? Tudo!
Acreditamos que ao nos casarmos é comum planejarmos um castelo lindo e maravilhoso para vivermos a sós. Nele não cabe dissensão, angustia, dor, perda, briga, só cabe amor, bondade, harmonia, alegria, paz. Mas sabemos que a realidade não é bem assim. Porque a todas estas coisas estamos sujeitos, mas quando temos Cristo elas podem e devem ser minimizadas, e muitas delas aniquiladas do nosso cotidiano. Para tanto é necessário que tenhamos uma boa cumplicidade com nosso cônjuge. Se não vivermos em função do outro não teremos nunca condições de sentirmos a dor do outro.
Em Gn.2.18-21; Deus descreve a necessidade que Ele viu no homem de ter uma companheira, esta necessidade creio não ter sido sexual, mas sim, emocional, pois Ele faz menção a uma ajudadora, auxiliadora idônea, alguém que poderia estar ao seu lado incondicionalmente.
Em Ef.5.25 vemos que há uma instrução para os maridos e a comprovação de que ambos dependem um do outro, e vemos que aí um princípio em que os dois são responsáveis por esta cumplicidade.
Como então poderemos adquirir esta cumplicidade no casamento?
· Adquirindo Maturidade – Em primeiro lugar colocamos a maturidade. Quando pensamos sobre maturidade vemos alguém paciente, capaz de amar, que sabe falar com sabedoria, que pensa ante de tomar uma decisão, e acima de tudo uma pessoa equilibrada. Se fizermos um paralelo entre um adulto e uma criança, poderemos enxergar com muita clareza o que estamos dizendo. A criança quando quer algo quer do jeito dela. Isto ocorre por ela viver no “estágio do prazer”, com este pensamento ela tem a idéia de que é o centro das atenções, onde ela reina e o mundo gira em seu redor e a seu favor.
Colocando em relação a um adulto no casamento, se ele não adquiriu a maturidade certamente irá agir desta forma, e isto trará transtornos incontáveis, pois a ordem é da mulher auxiliar o marido e o marido amar a mulher, estas condições colocadas por Deus não nos dá chances de vivermos egoisticamente. A maturidade nos trará uma troca saudável de cuidados e atenção um para com o outro que resultará em cumplicidade total; em que o cônjuge será o centro de nossas atenções e não nós mesmos!
· Vivendo a Empatia – No dicionário Larousse Cultural, diz que “a empatia repousa na capacidade de colocar-se no lugar do outro”.
Diante deste significado vemos que o propósito de Deus no casamento é que vivamos verdadeiramente uma unidade sem barreira. Ele nos diz sobre “deixar pai e mãe” (já estudamos sobre isso, reveja se for necessário) e unir a uma mulher e ser um com ela.
Para que sejamos um com alguém temos necessariamente que sentir, pensar, viver, ser de certa forma o outro. Quantos casais vivem hoje uma vida que não tem nada de comum. Cada qual sente suas alegrias e dor sozinho.
O fato de não viver esta empatia passa a desenvolver outros relacionamentos que podem tornar-se perigoso para o casamento.
Quando a empatia faz parte da união, o cônjuge não precisa falar ou sinalizar: “estou com problema…”, “estou sofrendo…”, porque o outro sabe, sente, percebe a sua dor ou sofrimento e já se coloca à disposição para ajudá-lo.
Não há nada mais frustrante do que estar sinalizando para alguém e este não percebe. No segundo encontro que tivemos falamos sobre a necessidade de comunicação, mas, é bom lembrar que existem vários tipos comunicação, inclusive a não verbal, em que falamos com o corpo, no olhar, nos gestos, numa atitude e tantas outras formas.
Quando conseguimos perceber as sinalizações do outro, amenizamos em muito o seu sofrimento, e conseguimos viver com intensidade as suas alegrias.
Gostaríamos de salientar o seguinte:
“aquilo que quero que faça comigo, devo primeiro fazer no outro”.
· Suportando Um ao Outro em Amor – A Bíblia nos dá esta ordenança de amarmos e suportarmos uns aos outros em amor. Não é uma palavra direcionada especificamente aos casados, porém, se a nós que somos todos irmãos em Cristo temos recebido este ensinamento, imaginemos no que pensar em relação a nós como marido e mulher!
O amor e a unidade estão no coração de Deus para o nosso dia-a-dia. Em nosso casamento não cabe a intransigência, muito pelo contrário, devemos ter a paciência, a longanimidade, a bondade, afim de entendermos o outro sem julgá-lo precipitadamente.
Não pensemos que será fácil alcançar este nível de vida conjugal, na verdade tudo isto leva tempo para ser construído, mas é compensador.
Quando conseguirmos entender nosso cônjuge, sem precipitação usando a imparcialidade, reconhecendo que ele pode erra assim como nós erramos, então, estaremos suportando o outro em amor. É fácil ver o erro do outro, difícil é enxergar o nosso próprio erro.
· Valorizando Sempre o Seu Companheiro (a) – Quando valorizo o meu cônjuge, consigo ver nele as qualidades que ele tem. O valor é tanto no que ele é como também no que ele sonha, deseja e faz. É muito difícil para o ser humano se anular afim de que o outro cresça, mas quando isso acontece no casamento favorece em grande escala a comunhão entre os dois.
Precisamos usar um pequeno argumento, mas que é capaz de grandes transformações: O Ato de elogiar. Este simples gesto massageia o nosso ego, e é sempre bom ouvir isso da pessoa a qual estamos compartilhando a nossa vida, o nosso tempo, os nossos sonhos, a nossa história.
· Tendo o Outro Superior a Mim Mesmo – Quando conseguimos enxergar o nosso cônjuge superior a nós, conseguimos honrá-lo como devemos. Ele (a) será sempre mais importante do que eu.
Ao meditar neste estudo e em particular neste tópico, pensei; será que as pessoas irão entender o que estou querendo passar?
Precisamos olhar para o nosso cônjuge desta forma, pois ele é parte de mim. Devemos lutar afim de conseguir esta cumplicidade, pois, desta forma torna mais fácil encontrar solução para os problemas, e agindo assim, o egoísmo será banido de nossa relação.
Se o casal adquirir maturidade, viver um a dor do outro e a alegria do outro, suportar o outro, valorizar o outro, então passarão a desfrutar uma cumplicidade maravilhosa.
Os calos apertam naquilo que dói, perturba, incomoda. Se sabemos o que incomoda em nosso cônjuge devemos evitar fazer. Qual deve ser o maior alvo do casamento? Pensamos ser o de agradar o outro e viver um para o outro.
Assim sendo Deus será o centro desta união, derramando sobre ambos a benção e a graça suavizadora que traz: alegria, paz, harmonia, tranqüilidade, e filhos abençoados.
Queremos destacar aqui algumas necessidades que, desenvolvidas pelo casal, desencadeará um conforto maior “aos pés”, quando os “calos” doerem.
o Termos disposição para orarmos e estudarmos a Bíblia juntos;
o Ter boa comunicação, ouvir o outro;
o Ter afeto;
o Dar colo;
o Ter admiração pelo cônjuge;
o Apreciar e valorizar os momentos a sós;
o Tirarmos tempo para a família (esposo (a), filhos);
o Demonstrarmos carinho um pelo outro;
o Namorar;
o Brincar e rir juntos.