O líder (sacerdote) e a vontade de desistir

Uma das mais fortes tentações que um pastor, sacerdote ou líder tem em sua jornada é a vontade de desistir. Quantas vezes isso já não deve ter passado pela sua cabeça? Creio que todos os líderes, de fato, vivem este tipo de experiência. Podem até não declarar publicamente, mas, lá no seu íntimo, isso já deve ter sido uma opção pensada. Como podemos lidar com esta possibilidade quando ela parece ser a saída mais honrosa para um tempo de lutas?

Como lidar de forma sábia com a vontade de desistir?

Sugiro algumas ações:

Examine sua saúde, veja se esta reação não está ligada ao seu estado físico ou mental. Às vezes, você precisa de descanso, férias, uma mudança de rotina ou de ritmo. Lembre-se: você é um ser humano, não uma máquina e mesmo as máquinas têm limites.

Examine seu coração, observe se esta vontade de desistir não está ligada a questões e reações repetitivas, ligadas a problemas do passado, mas que em seu interior ainda não foram resolvidos e assentados em sua alma. Sempre é tempo de buscar restauração.

Examine seu espírito, veja se há pecado dominando a sua vida, se sua comunhão com o Senhor encontra-se em baixa e qual o motivo para isso; avalie onde está à visão que lhe impulsionava antes, e aonde ela foi parar, e o que a minou; reflita se você está dando ouvidos a alguma mentira diabólica. Ele adora nos fazer desistir dos sonhos de Deus para nós.

Procure o apoio de pessoas positivas, de fé, sinceras e maduras que sejam capazes de ajudar você a avaliar a situação de forma segura, ampla e sem falsidade. Peça a oração dos irmãos e invista tempo em oração, cultive uma comunhão mais íntima com Jesus. Na luz do Senhor vemos a luz, por isso derrame a sua vida diante de Deus, faça boas leituras que lhe ajudem a pensar na situação de maneira mais clara.

Em resumo,

Não tente levar a carga sozinho. Procure ajuda, não se fixe somente na idéia de desistir, estudando as opções existentes e as possíveis, à luz de tudo aquilo que Deus lhe mostrar em meio a todas as ações acima sugeridas.

Como líder ou sacerdote, você sempre estará propenso a situações de pressão intensa, e a vontade de desistir muitas vezes parecerá à saída, mas se há um momento em que devemos ser muito criteriosos ao tomar decisões é exatamente quando estamos sobre forte pressão.

Muitas vezes a sua grande vitória, a grande virada, está a apenas um passo antes da desistência. Não desista. Deus lhe chamou para completar a corrida. “Desista” apenas quando você tiver todas as certezas possíveis e, ainda assim, pare e pergunte: é isso mesmo que Deus deseja para mim hoje? Se a vontade de Deus for que você pare, não será uma desistência, mas uma mudança estratégica.

Liderança com base bíblica

O que a Bíblia ensina sobre liderança e sacerdócio?

Uma das coisas mais importantes relatadas na Bíblia é saber dar a devida importância para as pessoas.

O caráter de um líder e sacerdote é que gera a confiança, e essa confiança é que possibilita a liderança. Ninguém melhor que o próprio Jesus Cristo e o exemplo de seu caráter para termos como padrão.

Jesus sempre mostrou respeito e preocupação para com aqueles que O seguiam. Marcos 6: 31, onde Ele chama os discípulos para descansarem ou quando alimenta a multidão com os cinco pães e dois peixes. Marcos 6:35 a 44.

Jesus sabia que estava acima dos discípulos e que teria que prepará-los para conduzir sua grande obra. Jesus deu o exemplo, conforme João 13:14 e 15, onde Ele lava os pés dos discípulos:

“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.” (João 14:12)

João 14: 23 “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará e viremos para ele e faremos nele morada.”

O líder e sacerdote encorajador

“Dar resposta apropriada é motivo de alegria; e como é bom um conselho na hora certa!” (Provérbios 15.23 ). Todos precisam de encorajamento. Mesmo o líder mais determinado, mais habilidoso precisa ser encorajado de alguma forma. Se isso é verdade em relação à pessoa do líder, imagine em relação aos liderados?!

A palavra de um líder e sacerdote sempre tem um peso maior do que o normal.

1. O verdadeiro líder e sacerdote exerce sua influência 24 horas por dia, 7 dias por semana. A verdadeira liderança é um estilo de vida que marca as pessoas pelos benefícios que essa liderança traz. O mundo está ansioso. Nós como levamos a solução para as crises da família e do casamento. Como podemos conscientizar os outros da necessidade de ter nova vida, novas atitudes, se nós não as temos praticado, não estamos cientes de que somos os grandes líderes e sacerdotes de nossa época? Tenho te colocado como cabeça e não como cauda (Dt 28:13). Esse versículo é verdade para nós?

2. O verdadeiro líder e sacerdote exerce sua influência 24 horas por dia, 7 dias por semana. O líder e sacerdote influenciam em todo o tempo. A verdadeira liderança é um estilo de vida que marca as pessoas pelos benefícios que essa liderança traz.

3. O líder e sacerdote não pode temer as dificuldades e sim temer a falta de desafios (metas) em sua vida. Um líder sem metas é medíocre demais para exercer sua liderança ou seu sacerdócio familiar.  Temos dentro das igrejas chefes e não líderes e nem sacerdotes. Chefes mandam, líderes e sacerdotes influenciam. Habacuque nos ensina: escreve claramente a visão… Precisamos em todo o tempo deixar claro nossa visão e metas e, como o povo tem memória curta, precisamos constantemente lembrá-los para onde estamos indo, através de nossas atitudes. Nossas atitudes devem revelar nossa visão.

4. Não vamos alcançar nosso objetivo, se as pessoas não entenderem o que estamos falando. Para suprir a real necessidade das pessoas precisamos primeiro nos relacionar com elas (dia-a-dia, olho no olho, comunhão) a ponto de gerar confiança e depois levá-las até Cristo Jesus.

5. Estamos prontos para assumirmos o nosso papel de liderança e sacerdote?

 Estamos prontos para morrermos por nossa visão?

 Queremos ser líderes ou chefes?

 Como espelharemos para nossos futuros filhos espirituais?

Postado por Antônio Carlos Baptista as 09:59     14/março/2009